Contos Chineses :: Zheng compra sapatos

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Era uma vez, na Antiguidade chinesa, um homem do reino de Zheng que precisava dum novo par de sapatos. Antes de ir comprá-los à feira, mediu os pés com um pedaço de cordel.

Na feira, todos andavam numa enorme azáfama, e Zheng foi direito ao vendedor de sapatos:

- Bom dia, disse ele. Por favor, mostre-me um par de sapatos.

Pegando nos sapatos que o vendedor lhe estendia, Zheng meteu primeiro a mão num dos bolsos e depois no outro, com ar de quem estava muito perturbado.

- Maso o que tem o senhor? ? perguntou-lhe alguém amistosamente.

Sem dar qualquer resposta, Zheng continuava a vasculhar os bolsos. De repente, devolveu os sapatos ao vendedor e desatou a correr em direcção a casa, pois se tinha lembrado de que lá deixara o cordel com que tirara a medida dos pés.

Quando, finalmente, voltou com o cordel, já a feira tinha terminado.

Curioso de saber as razões do desânimo que lhe transparecia no rosto, alguém lhe perguntou o que acontecera?e Zheng contou-lhe então da sua má memória, que o levara a essa correria, sem que no entanto tivesse conseguido comprar os sapatos de que efectivamente precisava.

- Porque não experimentou os sapatos nos seus próprios pés? ? perguntou o outro.

- Não, isso não podia ser. Antes quero confiar na medida do cordel que acreditar nos meus pés!

Desta história, ficou o provérbio Zheng compra sapatos, com que os chineses satirizam os que acreditam mais nos dogmas do que na realidade objectiva.

DESCOBRINDO A CULTURA CHINESA

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Nos últimos 50 anos acompanhamos grandes mudanças mundiais em todos os segmentos. À partir da década de 60 vimos o crescente interesse nas culturas orientais, começando com a indiana, passando pela japonesa e chegando à chinesa em meados da década de 70. Muitos elementos e artes da cultura chinesa foram então expostos à luz dos ocidentais.

Bruce Lee colocou as artes marciais chinesas, conhecidas no Ocidente como "Kung Fu", nas telas de todo o planeta no início dos anos 70. Kung Fu se tornou rapidamente um sinônimo não apenas de luta marcial mas também de intensa filosofia de vida, iniciando com o seriado "Kung Fu", com David Carradine, até o filme "O Templo Shaolin", com o então adolescente Jet Li, em 1980, que fez crescer novamente o interesse não apenas nas artes marciais chinesas, mas na vida e na filosofia desse povo..

No rastro dos estilos externos de Kungfu vieram também artes mais suaves, como o Tai Chi Chuan. Nascido arte marcial e hoje, divulgado como arte terapêutica após a década de 50, o Tai Chi conta com milhões de adeptos em todo o mundo, tornando-se saudáveis e dispostos através de seus movimentos suaves e fluidos.

Richard Nixon, em sua célebre viagem à China em 1972, trouxe em sua bagagem, de maneira indireta, os benefícios da Acupuntura e da Medicina Chinesa. Conta-se que a visita estava sendo acompanhada pelo Editor-Chefe do The New York Times. Este teve que se submeter a uma cirurgia de emergência e seu sofrimento foi atenuado pela Acupuntra. De volta aos Estados Unidos, redigiu um enorme editorial elogiando esta técnica. Isso ganhou mundo e hoje a acupuntura é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde.

O Feng Shui começou sua expansão vertiginosa em meados da década de 80 e início da década de 90. Todo mundo hoje se interessa, ao menos um pouco, em saber como harmonizar melhor sua residência ou comércio.

O Chi Kung, arte de manipular o Chi (energia vital), começou a despontar seriamente na China em meados da década de 80, sendo que o interesse em suas técnicas vem aumentando muito em todo o mundo e também no Brasil, principalmente nos últimos 5 anos.

Fonte: http://www.longevidade.net/artigos/filosofiaseculoxxi.htm

TAM TOI (Tan Tui)

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Fonte: Sinobrasileira
>>>> www.sinobrasileira.org

O Tam Toi tem origens no século XVII, mais provavelmente dentro da etnia Hui (muçulmanos), juntamente com outro estilo classificado como "punho longo" chamado Cha Kuen. Alguns historiadores também atribuem a criação do Tam Toi aos monges do templo budista Longtan (Lago ou poço do dragão), localizado em Jiyuan.

Outra corrente de pesquisadores e historiadores afirma que o estilo sofreu influência por parte do mosteiro de Shaolin.

O estilo era dividido originalmente em um grande conjunto de rotinas com socos, chutes e rasterias mas hoje é dividido em dois grupos, um com dez formas e o outro com doze formas, cada uma com elementos distintos, e se caracteriza pela repetição retilínea predominante de movimentos executados sempre para ambos os lados. Os chutes fortes abaixo da cintura são a principal característica deste estilo, originando daí o seu nome, Tan Tui (Pernas que saltam).

FORBIDDEN KINGDOM

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Adaptação da lenda do Rei Macaco tem título e data de estréia nos EUA

09/10/2007 Marcelo Hessel

Em uma entrevista coletiva na China, mês passado, Jackie Chan disse que os fãs não deveriam aguardar o seu primeiro filme com Jet Li com expectativas muito altas. Em seu blog, Li disse o mesmo, pedindo particularmente que os espectadores não esperassem muito das cenas de luta.

Maus presságios à parte, Forbidden Kingdom, produção de 70 milhões de dólares com produção dos EUA, já está marcado na agenda de muita gente. Agora saem as primeiras fotos oficiais do filme.

Voltada ao mercado internacional, com financiamento da estadunidense Relativity Media, o filme escrito por John Fusco trata da lenda do Rei Macaco - Sun Wukong, protagonista do clássico romance chinês Peregrinação ao Oeste - e da sua jornada atrás da imortalidade.

Li viverá dois personagens: o Rei e um monge silencioso. Chan será o monge Tsa-Ho. O tom do filme será de uma comédia de ação hollywoodiana, ainda que mexa com um patrimônio da milenar cultura da China (o Rei é quem anuncia a chegada do Ano do Macaco, já serviu de inspiração ao Goku de Dragon Ball e será até mascote da Olimpíada de Pequim).

A direção é de Rob Minkoff e as lutas serão coreografadas pelo mestre Yuen Woo-Ping (Matrix, Kill Bill). A estréia nos EUA acontece em 18 de abril de 2008.



MÚSICA : Rewapu

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O Rewapu é um instrumento musical de cordas das etnias uigur, tadjique e uzbeque, naturais da Região Autônoma da Etnia Uigur do Xinjiang, no Nordeste da China. O Rewapu surgiu no Século 14. Durante intercâmbios econômicos e culturais, o povo uigur desenvolveu este instrumento com base nos seus instrumentos musicais primitivos, aproveitando os pontos fortes dos instrumentos utilizados por outras etnias.

O Rewapu manufaturado com madeira é comprido e possui uma curva na ponta superior, bem como uma caixa de ressonância em forma arredondada e tem 3, 5, 6, 7, 8 e 9 cordas. A corda exterior serve para tocar a melodia e as outras servem para ressonância.

O instrumento emite sons claros e especiais é tocado sozinho ou acompanhado com outros instrumentos. O instrumentista toca o Rewapu sentado ou em pé como se fosse um violão.

A sua manufatura e os nomes deste instrumento dos uigures, tadjiques e uzbeques que vivem na região de Xinjiang deferem-se de lugar em lugar.

A MÚMIA 3 (JET LI E MICHELE YEOH)

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Imperador Dragão prepara-se para acabar com Rick O´Connell

Fonte: Omelete

O diretor Rob Cohen (Velozes e furiosos, Triplo X, Ameaça invisível) anda mesmo empolgado com The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor, terceira parte da franquia A Múmia, iniciada em 1999 e estendida com O Retorno da Múmia em 2001.

Horas depois de atualizar seu blog com informações da produção, o cineasta divulgou a primeira imagem de Jet Li, o Imperador Dragão, no filme. E ele está prestes a chutar o traseiro de Rick O´Connell (Brendan Fraser). Confira abaixo:

Ainda sobre o filme, Cohen disse que está preparando uma trilha sonora épica para o filme, na escala que ele merece. "Será uma trilha original, com novos temas, executada pela Orquestra Sinfônica de Londres e gravada nos estúdios Abbey Road. Nada de sintetizadores nela. Será maciça, temática e pulsante", garante.

O terceiro A Múmia, roteirizado por Alfred Gough e Miles Millar, estréia em 30 de julho de 2008. No elenco estão Brendan Fraser, Maria Bello, Jet Li, John Hannah, Michelle Yeoh, Anthony Wong, Luke Ford e Isabella Leong.

MAIS ARMAS

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A lança é chamada de a rainha de todas as armas. É a principal arma longa de Wushu. A lança era a arma militar mais utilizada.antigamente e com isso sua técnica foi desenvolvida. As características principais da lança são flexibilidade junto com movimentos de corpo, leveza e agilidade, rapidez e firmeza em saltos e cambalhotas. Os movimentos são claros e o truques são práticos. A lança é comparada ao " dragão " voador. Praticar com lança é muito difícil, mas tem um grande efeito no fortalecimento físico.
As técnicas básicas de lança incluem estocar, empurrar, circular, bloquear, apontar, cutucar. Quando se pratica é aconselhável segurar a lança firmemente e flexibilidade dando estocadas rápidase focadas nos pontos vitais. Este é um das habilidades básicas importantes da lança. Quando segurar a lança, ela deve estar perto de sua cintura para apoio de forma se possa executar os movimentos mais facilmente.

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A espada imperial (espada reta) é chamada de o "cavalheiro de todas as armas". É amplamente usada e sua influência vai além do Wushu. Toda escola de Wushu usa a espada como a arma básica para treinamento rigoroso.
As espadas foram usadas originalmente na China em sacrificios a deuses ou antepassados. No período dos estados combatentes a espada imperial foi muito utilizada por toda a sociedade chinesa. A espada hoje em dia está ágil, elegante, fácil e graciosa. Os seus movimentos são flexíveis e variáveis e completam um ao outro. As técnicas principais incluem bater, perfurar, girar, erguer, saltar, cortar e lutar bloqueando e atacando.

BASTÃO (GUN)

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O bastão (gun) é conhecido como "pai de todas as armas", visto que todas as outras armas foram desenvolvidas a partir dele. …, juntamente com o facão, espada e lança, uma das principais armas do Wushu Chinês. Como o bastão é relativamente mais fácil de se produzir e manejar, rapidamente tornou-se uma arma muito popular.

Os movimentos do bastão causam uma ação arrebatadora, como diz o provérbio: "Com um bastão você varre todos que estão a sua volta". Alguns movimentos usados com outras armas, (como a lança e a espada) também podem ser feitos com o bastão. Há muitos movimentos utilizados no manejo do bastão, entre eles, movimentos girando, pulando, flutuando, carregando, picando, perfurando, protegendo, prendendo, etc. Esses movimentos são rápidos e poderosos, combinando ataque e defesa, sempre alterando as formas de manejo.
Para a produção do bastão chinês, é utilizada uma árvore cujo tronco já cresce no formato do bastão. Essa madeira é muito flexÌvel e resistente, diferentemente dos utilizados aqui no Brasil (duro/rígido).

Em Chinês, temos diversos tipos de bastões, por exemplo, 棍 (gun) é um bastão mais comum usado dentro da arte marcial, mas ainda temos o 棒 (bang), que geralmente é um bastão mais curto e mais grosso. Alguns exemplos de bastão são 金箍棒(jin gu bang), 打虎棒(da hu bang), 齐眉棍(qi mei gun), etc...

Fonte: Kungfu2000

Próximos Filmes

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Bem, dando uma olhada no site da IMDb achei mais algumas futuras produções de astros de kungfu do cinema!!! Dêem uma olhada:

Jackie Chan
The Shinjuku Incident (2009) (pré - produção) . Com Ken Watanabe no elenco!!

Jet Li
Snow and the Seven (2008) (anunciado) (rumores). Seria alguma alusão a Branca de Neve e os Sete anões ????!!
The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor (2008) (filmando) .... Emperor Han... aka The Mummy 3 (USA: informal title) . A MÚMIA 3!!! Formação da trilogia, com Brendan Fraser, Jet Li, Michele Yeoh e grande elenco!

Donnie Yen
Painted Skin (2008) (pré-produção)

Filmografia Jackie Chan

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Kung fu panda (2008, somente a voz)
A Hora do Rush 3 (2007)
Rob-b-Hood - 3 Ladrões e um bebê (2006)
House of Fury (2005) - (como produtor)
O mito (2005)
New Police Story (2004)
Volta ao mundo em 80 dias (2004)
Joe's last chance (2004)
The Huadu Chronicles: Blade of the rose (2004)
San ging chaat goo si (2004)
Daai lo oi mei lai (2004)
Chin gei bin (2003)
O medalhão (2003)
Bater ou correr em Londres (2003)
O terno de 2 bilhões de dólares (2002)
Hong Kong Superstars (2001, feito para TV)
A Hora do Rush 2 (2001)
Herói por Acidente (2001)
Jackie Chan Adventures (2000, série de TV)
Bater ou Correr (2000)
Geração X em Ação (1999)
Jackie Chan: Meus Truques (1999)
O Grande Desafio (1999)
Hong Kong Face-Off (1998)
The Path of the Dragon (1998)
Jackie Chan: My Story (1998)
A Hora do Rush (1998)
Quem Sou Eu? (1998)
The Art of Influence (1997, feito para TV)
Hollywood Muito Além das Câmeras (1997)
Mr. Nice Guy - Bom De Briga (1997)
Police Story 4 - Primeiro Impacto (1996)
Arrebentando em Nova York (1995)
Thunderbolt - Ação Sobre Rodas (1995)
Golpes Mortais - A História das Artes Marciais no Cinema (1994)
O Mestre Invencível (1994)
Policial Acima de Tudo (1993)
Zhong an zu (1993)
City Hunter - O Caçador de Encrencas (1992)
Police Story 3 - Super Cop (1992)
Twin Dragons - Dragões em Dose Dupla (1992)
O Melhor das Artes Marciais (1990)
Armadura de Deus 2 - Operação Condor (1990)
Missão na Ilha de Fogo (1990)
O Poderoso Chefão por Acaso (1989)
Police Story 2 - Codinome: Radical! (1988)
Projeto China 2 - A Vingança (1987)
Fei lung maang jeung (1987)
A Armadura de Deus (1986)
Estrelas do Kung Fu (1985)
Police Story - A Guerra das Drogas (1985)
A Primeira Missão (1985)
Ninja Thunderbolt (1985)
A Fúria do Protetor (1985)
Los Supercamorristas (1985)
Kwai tsan tseh (1984)
Confronto com o Dragão (1984)
Shen yong shuang xiang pao (1984)
Two in a Black Belt (1984)
Um Rally Muito Louco (1984)
Projeto China (1983)
Saga do Dragão - A Luta Final (1983)
Perdedores e Vencedores (1983)
O Lorde Dragão (1982)
Marvelous Fists (1982)
Quem Não Corre, Voa (1981)
O Lutador de Rua (1980)
O Incrível do Kung Fu (1980)
O Jovem Mestre do Kung Fu (1980)
Hsiao chuan yi chao (1979)
Os Punhos do Dragão (1979)
O Guarda-Costas (1978)
Quan jing (1978)
Garras do Dragão (1978)
She xing diao shou (1978)
Zui quan (1978)
Fist of Death (1977)
A Vingança do Kickboxer (1976)
Shao Lin mu ren xiang (1976)
A Nova Fúria do Dragão (1976)
Hua fei man cheng chun (1975)
Pai an jing ji (1975)
Shao Lin men (1975)
Jin ping shuang yan (1974)
Um Bandido em Hong Kong (1974)
Si wang yi hou (1974)
Ding tian li di (1973)
Slaughter in San Francisco (1973)
Xiao lao hu (1973)
Operação Dragão (1973)
Hapkido (1972)
Qi lin zhang (1972)
O Vôo do Dragão (1972)
Jing wu men (1972)
Tie wa (1971)
Dedos de Aço (1971)
Tang shan da xiong (1971)
Hsia nu (1969)
Da zui xia (1965)
The Story of Qiu Glin (1964)
Liang Shan-po yu Zhu Yingtai (1963)
Big and Little Wong Tin Bar (1962)
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WARLORDS

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Jet li e seu próximo filme a ser lançado nas telonas: Warlords. História sobre o assassinato do General Ma Xinyu (Dinastia Qing -1644-1911) . O filme já encontra-se em fase de pós-produção!




Site Oficial do filme AQUI



AS ROTINAS COMPULSORIAS

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Artigo originalmente publicado em www.martialarts.com
Traduzido por Mariana Nascimbem Blaser - www.portaldekungfu.com



CHANGQUAN (Punho Longo/Punho do Norte),É um termo genérico destinado a todas as escolas Shaolin. Consiste em movimentos vigorosos das mãos, saltos em grande altura, giros rápidos do corpo e sequencia de chutes e socos fulminantes.

DAO SHU (Facão do Norte), Consiste em variados movimentos de giro de corpo combinado com técnicas de defesa, ataque e bloqueio com facão.


JIANSHU (Espada Imperial), Consiste em movimentos ofensivos e defensivos. Esta técnica trabalha suavidade, velocidade, giros, equilibrios com o movimentos continuos do corpo.

GUNSHU (Bastão do Norte),Consiste em movimentos que incluem estocadas, movimentos circulares, velocidade e força, mantendo o equilíbrio e precisão no final do impacto.

QIANGSHU (Lança), Consiste em movimentos de defesa e ataque combinados, com giros de corpo com técnicas de perfuração, empurrão e estocadas.

NANQUAN (Punho do Sul), É um nome comum aos estilos populares nas áreas do sul do rio Yang Tsé abrangendo as províncias de Guagdong, Fujian, Hunan, Zheijiang, Jiangsu e Sichuan. Consiste em uma série de técnicas de mãos, corpo em posição baixa e combinação de movimentos vigorosos. Em alguns momentos o praticante dá um “grito” para acentuar um movimento liberando a enorme quantidade de energia necessária à sua execução.

NANDAO (Facao Sul),Consiste em variados movimentos de força e equílibrio combinados com técnicas de defesa e ataque e bloqueio de facão.

NANGUN (Bastão Sulista), Consiste em movimentos de ataque e defesas firmes, com movimentos vigorosos. Técnicas de força explosão de movimentos.

TAI JI QUAN (Tai Chi Chuan), Consiste nos movimentos do tai chi chuan, combinados com saúde, respiração e o esporte competição

TAI JI JIAN(Tai Chi Espada), Consiste nos movimentos do tai chi chuan com espada, combinados com saúde, respiração e o esporte competição

SAN SHOU (Luta de Contato), Consiste em uma luta de contato com o uso de protetor para cabeça, abdômen e luvas. Nesta técnica são utilizados chutes, agarrões e projeções.


Minha China!

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Navegando e pesquisando pelo mundo virtual afora encontrei este ótimo site!
Quem melhor pra descrever, narrar e explicar este diferente e encantador mundo chinês do que um chinês (neste caso, uma chinesa!)?

DAO, Sabre Chinês

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SABRE CHINÊS - NIUWEIDAO


Texto Original: Mario Gusmão
Fonte: http://www.mario.gusmao.nom.br/dao.php


Dao é o termo genérico para o conjunto de armas brancas de fio simples e lâmina larga usadas para partir e talhar. Em seu uso cotidiano a palavra "dao" tem o sentido de faca de cozinha. O mesmo ideograma é usado no Japão para espadas de um gume e dorso, como a katana, espada dos samurais.A arma que chamamos hoje de sabre chinês foi notabilizada pelas academias de artes marciais e mais recentemente, nas aparições em filmes épicos. O niuweidao, ou sabre cauda-de-boi tem história relativamente curta, comparada a versões mais antigas de sabres chineses (dao). De uso exclusivamente civil, foi difundido entre camponeses e estudantes de artes marciais. Os primeiros registros desse sabre são da última metade do século 19 e início de século 20, período final da dinastia Qing.



CARACTERÍSTICAS


O sabre chinês moderno apresenta uma lâmina que chega a medir de 25 a 33 polegadas de comprimento. As armas tradicionais fabricadas com aço ou outras ligas rígidas pesam 1.5 ou 2 quilos, mas há peças de aço de 5 quilos. A lâmina de fio e dorso é levemente curva desde o cabo até sua terça parte. Nesse ponto, a seção mais larga da lâmina, a curvatura é mais sinuosa. O terço final do dorso é um arco côncavo em ascendente, unindo-se ao fio projetado em curva para cima. A guarda, ovalada e metálica, separa a lâmina da empunhadura, protegendo o praticante de cortes acidentais e defendendo suas mãos de investidas dos inimigos. A empunhadura ou cabo é de madeira e apresenta um leve arco descendente. Seu pomo de metal é usado para desferir estocadas nos adversários. Panos para limpeza da lâmina e das mãos do praticante são presos ao pomo.

Uma forma de medir o tamanho ideal do sabre em relaçao ao físico do praticante é segurá-lo com a empunhadura na palma da mão e a lâmina apontada para cima. A ponta da lâmina deve passar da altura do ombro.


HISTÓRIA

Embora o niuweidao tenha uma história relativamente recente, armas com gume simples e dorso são parte da história chinesa desde a Dinastia Shang, de 1800 a.C. quando a metalurgia chinesa dava os primeiros passos, fundindo ligas a partir do cobre. Foi a partir da Era dos Estados Belicosos (400 a.C. - 206 a.C.) e das Dinastias Han (206 a.C. - 220 d.C.) que os chineses aperfeiçoaram ao máximo a produção de armamento, produzindo ligas metálicas de excelente qualidade e resistência. O arsenal da armas chinês, apesar de inovações e variações, manteve-se essencialmente o mesmo até a introdução das armas de fogo modernas. A evolução do sabre chinês, conforme registros históricos (incluindo textos militares como o Compêndio de Normas do Exército Imperial- HUANGCHAO LIQI TUSHI - das Dinastias Ming e Qing (1400 - 1911 d.C.) demonstra a influência de armamento estrangeiro, notadamente mongol, persa e árabe, sobre o arsenal da China. A começar pelo sabre Mongol, introduzido durante a Dinastia Yuan ou Mongol (1279 - 1368 d.C.), que foi base para o desenvolvimento de alguns dos modelos mais difundidos na China: o yanmadao (sabre pena-de-ganso) e liuyedao (sabre folha-de-salgueiro). O yanmaodao é datado do período Ming and Qing Médio (1368-1800?).

Sua lâmina é reta até o centro de percussão. O centro de percussão é o ponto da lâmina de menor vibração ao contato direto, é a parte da arma que transfere maior potência sobre a superfície em uma investida com o fio da lâmina, uma cutelada. Aparentemente, esse modelo caiu em desuso ao final do século 18. O modelo posterior mais comum, o liuyedao foi utilizado durante as Dinastias Ming e Qing Dynasties (1368-1911). Sua característica é ter toda a extensão da lâmina em leve curva, acentuada a medida que se aproxima da ponta.

PERSONAGENS
O sabre é citado inúmeras vezes em lendas e épicos chineses. A deidade TSANG HER está diretamente associada à arma, seu nome significa "chegar e aniquilar tudo que se toca". Historiadores e poetas chineses narram as aventuras de vários guerreiros valorosos e seus sabres. Entre eles Wang Wu, notável espadachim e especialista do sabre que portava uma arma gigantesca, adornada com 9 anéis ao longo do dorso da lâmina. Os anéis distraiam seus inimigos e cegavam o fio de suas armas. O manuseio do sabre por Wang Wu era comparada à "violência do tigre nas planícies". Outro poeta descrevia o uso do sasbre como "furacões arrancando as folhas das árvores."


TREINAMENTO
Vários estilos de Shao Lin usao o Dao. Aqui no Brasil é chamado de facão. Quase todos ou todos os etilos e escolas, seja Tradicional ou Wushu moderno, usam o Dao. O Dao usado no Wushu é muito leve e tem lâmina extremamente flexível, que provoca estalidos de som quando os movimentos de explosão são executados. Nos estilos de Taijiquan, o Dao é igualmente presente, quase todas as escolas possuem formas da arma. No estilo Shao Lin, todos os movimentos são vigorosos e no Wushu moderno, os movimentos chegam a ser acrobáticos. O Taijiquan prima por movimentos mais suaves, com explosões de força pontuais. Todas as escolas, internsa e externas, praticam formas com um Dao (Dao simples) ou com um par de Daos (Dao duplo).

CALIGRAFIA CHINESA

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Texto Original: Instituto Lohan
Fonte: http://www.institutolohan.com.br/pg_caligrafia2.htm

A primeira impressão que dá, quando se inicia o estudo dos ideogramas chineses, é a de que esta se trata de uma escrita muito difícil de ser assimilada, mas à medida que entendemos os fundamentos básicos da formação de um caractere, é notada a simplicidade de compreensão e o interesse aumenta gradualmente.
A caligrafia chinesa é como uma rara e exótica flor na história de civilização e é uma preciosidade sem igual na cultura Oriental. Graficamente, é comparada a pintura em sua habilidade para evocar emoção através de uma rica variedade de forma e desenho. Como arte abstrata, exibe o rítmico e harmonioso fluxo da música. E de um ponto de vista prático, é um idioma escrito.
Escrever é uma representação tangível do idioma falado. A composição dos caracteres chineses pode ser dividida em seis categorias:

(1) hsiang hsing básico, i.e. uma representação pictórica direta;
(2) chih shih, representações simbólicas de idéias abstratas;
(3) hui yi, uma combinação de elementos pictóricos concretos com representações simbólicas de idéias abstratas;
(4) hsing sheng, uma combinação de elementos fonéticos e pictóricos;
(5) chia chieh, um caractere emprestado puramente por seu valor fonético para representar um homofone sem conexão ou quase-homofone, e;
(6) chuan chu, um caractere que assumiu um novo significado que não está relacionado em significado à nova palavra nova que representa. Estes métodos de composição de caracteres chineses são chamados de Liu Shu, ou "Os Seis Métodos de Escrita".

Com os "quatro tesouros do estudo" (wen fang szu pao), isto é, canetas de escova, varas de tinta, papel e placas de tinta como ferramentas e pelo meio das linhas, os calígrafos da China têm desenvolvido durante séculos incontáveis diferentes estilos caligráficos. Este excesso de estilos pode, porém, ser agrupado em cinco categorias básicas: Chuan Shu, Escrita de Selo; Li Shu, Escrita Oficial; Kai Shu, Escrita Normal; Xing Shu, Escrita Corrente, e Tsao Shu que literalmente quer dizer Escrita de Grama mas normalmente se refere a Escrita de Mão.
A caligrafia chinesa não só é uma ferramenta prática para viver o dia-a-dia; ela compreende, junto com a tradicional pintura chinesa, a mais importante corrente de arte da história da China. Todos os tipos de pessoas, de imperadores a camponeses, têm avidamente colecionado trabalhos de boa caligrafia. E os trabalhos caligráficos não são feitos em rolos de papel ou emoldurados para se manterem em um quarto ou em estudo; são encontrados em todos os lugares que você olha: em placas de lojas e edifícios comerciais e governamentais, em monumentos e em inscrições de pedra. Todos estes exemplos de caligrafia chinesa possuem supremo valor artístico. Hoje, como no passado, calígrafos são freqüentemente literati como também artistas. Seus trabalhos caligráficos podem incluir representações de seus próprios poemas, músicas, versos ou cartas; ou de seus mestres famosos. (A caligrafia pode trazer benefícios físicos e espirituais para o praticante e pode treinar a pessoa em disciplina, paciência, e persistência. Como resultado, muitos dos calígrafos da história da China tiveram vidas ricas e viveram por muito tempo).

A Moral nas Artes Marciais Chinesas

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Texto Original: http://www.minhachina.com/cultura/artemarcial9.htm

Há um ditado popular no ciclo das artes marciais da China: "antes de aprender a técnica, aprende-se a etiqueta; antes de praticar as artes marciais, pratica-se a moral". Durante a longa história, além de teorias e técnicas, as artes marciais chinesas formaram também um sistema de moral bem ligado com elas, que é chamado de "a moral das artes marciais". Todas as escolas consideram a educação de moral a primeira missão dos praticantes de artes marciais.

Na moral das artes marciais tradicionais, há conteúdos originados do ambiente da sociedade feudal e limitados por ela, por exemplo: as artes marciais eram ensinadas somente para os filhos, não para as filhas; o relacionamento entre escolas diferentes etc; mas a parte principal da moral das artes marciais é uma boa referencia até hoje, por exemplo:

1. O alvo das artes marciais é para se defender do oponente em vez de para machucá-lo

As ações das artes marciais eram desenvolvidas visando os pontos fracos do corpo baseando-se em análises profundas das características fisiológicas do corpo humano. Por isso, é possível machucar ou até matar o oponente na luta. Os verdadeiros mestres das artes marciais são sempre muito cuidadosos na luta: eles não lutam se não for absolutamente necessário, e não usam técnicas perigosas ao ser humano se tiverem outra opção. O alvo das artes marciais não é para machucar o oponente, mas é para se defender das ações agressivas do oponente. É bem como a construção do caractere "marcialidade" na língua chinesa, que consiste em duas partes: "parar" e "o conflito" ou "a arma", que significa "usar a arte marcial para suprimir a violência".

Por exemplo, nas artes marciais de Shao Lin, existem definições de "oito lugares para bater e oito lugares onde não se pode bater".

Os oitos lugares para bater são:
1. as sobrancelhas e os olhos;
2. o lugar em cima da boca e embaixo do nariz;
3. as faces e as orelhas;
4. ao redor das escápulas:
5. as costelas;
6. os púbis;
7. as patelas;
8. as canelas.

E os oito lugares nos quais não se pode bater são:
1. as têmporas;
2. jian tu, um ponto no centro do tórax, na base do osso;
3. os fins das costelas no lado da frente do corpo;
4. as axilas;
5. os órgãos sexuais de baixo;
6. os rins;
7. o osso sacro;
8. os lugares atrás e embaixo das orelhas.

Pode-se ver que, quando se bate nos primeiros oito lugares, pode-se ter controle sobre o oponente; e os oitos lugares onde não dá para bater são os pontos vitais, nos quais a batida pode causar a morte.

Nas técnicas das artes marciais de Shao Lin vale mais a moral do que a força física pura, põe-se ênfase na defesa em vez do atacar, enfatiza-se que as artes marciais servem para fortificar o corpo e se defender, não se pode usá-las para fazer figura ou fazer comparações de bravura.

Na escolha dos alunos e no ensino das artes marciais, os mestres também consideram a moral do aluno a primeira condição. Em todas as escolas, há regras de ensino visando o caráter do aluno.

2. Ser valente na luta para manter a justiça

As artes marciais põem ênfase em se defender, inclusive defender a própria vida, e ajudar outras pessoas a defender a justiça. Isto é um caráter notável dos mestres de artes marciais.

Para os mestres, há "três medos e três sem-medos". Os "três medos" indicam que um praticante de artes marciais não pode lutar contra três tipos de oponentes fracos: idosos, mulheres e crianças; e os "três sem-medos" indicam que os mestres não podem hesitar na luta contra três tipos de oponentes que se aproveitam do poder para infernizar outras pessoas: os que têm poder, os que têm força, e os que conhecem bem as artes marciais.

3. Respeitar o oponente, ser franco e honesto

Com a influência da cultura e da tradição, as artes marciais chinesas criaram etiquetas sofisticadas. Numa luta, não importa que seja uma luta entre amigos ou um luta verdadeira contra inimigos, os lutadores sempre fazem saudações antes de começar a lutar, para mostrar o respeito de um pelo outro. As saudações feitas antes da luta variam segundo o status social dos lutadores e a situação.

A luta deve ser honesta e justa. Ataques de surpresa e com armas escondidas são sempre menos prezados pelos mestres de artes marciais em toda a história.

4. Autocontrole e aperfeiçoamento

Uma pessoa que conhece bem artes marciais, mas mantém bons modos e modéstia, respeita o oponente e não faz figuras, deve ter bom autocontrole.

Todas as escolas têm suas disciplinas que cobrem muitos aspectos da vida dos praticantes, por exemplo, não se pode beber excessivamente, não exagerar em sexo, não se pode ser briguento, não se pode correr atrás da fama, nem ser arrogante e impulsivo, não se pode mentir, nem praticar fraude, deve-se respeitar os professores e os idosos, não se pode usar as artes marciais para infernizar a vida de outras pessoas etc. Por causa deste tipo de disciplina, fala-se que as artes marciais são um modo de viver e um auto-aperfeiçoamento.

Filosofia ZEN

Category: By Matheus Andrade
Nan-in, um mestre japonês, recebeu um professor universitário que o visitou para fazer perguntas sobre o Zen. O professor estava cheio de idéias, e fazia muitas perguntas. Nan-in serviu o chá. Ele encheu completamente a xícara de seu visitante e depois continuou a servir mais chá nela. O professor observou o derramamento de chá até não poder mais se controlar.
- Já está derramando! Não cabe mais nada! - Falou o professor.
- Como esta xícara - disse Nan-in - Você está cheio de suas própria opiniões e especulações. Como posso lhe mostrar o Zen a menos que você primeiro esvazie sua xícara?

Filmografia - JET LI

Category: , , By Matheus Andrade
Fonte: Site Oficial de Jet Li
http://www.jetli.com

2008
The Forbidden Kingdom

2007
The WarlordsWar

2006
Fearless

2005
Unleashed

2003
Cradle 2 the Grave

2002
Hero

2001
Kiss of the Dragon
The One

2000
Romeo Must Die

1998
Hitman / Contract KillerLethal Weapon 4

1997
Once Upon a Time in China and America

1996
Dr. Wai in "The Scripture with No Words"
Black Mask

1995
My Father Is a Hero
The EnforcerHigh Risk
Meltdown

1994
Li Lian Jie's Shaolin Kung Fu (Documentary) The New Legend of Shaolin
The Legend Of The Red Dragon
The Bodyguard from Beijing
The DefenderFist of Legend

1993
The Legend of Fong Sai-Yuk
The LegendThe Legend of Fong Sai-Yuk II / The Legend II
The Last Hero in China
Deadly China Hero
The Kung Fu Cult Master
The Tai Chi Master
Twin Warriors

1992
The Master
Once Upon a Time in China 3
Swordsman II

1991
Once Upon a Time in China 2

1990
Once Upon a Time in China

1988
Dragon Fight
Dragons of the Orient

1986
Shaolin Temple 3: North and South Shaolin
Born to Defence

1984
Shaolin Temple 2: Kids from Shaolin

1982
Shaolin Temple

Os Dez Pontos Importantes de Yang Cheng-Fu

Category: , , By Matheus Andrade
Para todos os praticantes de Tai Chi (Tai ji) já é de conhecimento, mas segue abaixo para aqueles que desejam conhecer e aprofundar...

Comentados pelo Mestre Yang Zhenduo
Na primeira parte da forma estão contidos os 10 princípios que devem ser observados muito atentamente, desde a primeira saída de movimentos.
1. Energia leve e sensível no topo da cabeça
Fique ereto e mantenha a cabeça e o pescoço naturalmente eretos com a mente concentrada no topo da cabeça. Não tencionar demais pois isto não permite que o sangue e a energia vital circulem suavemente.
2. Afundar o peito e arredondar as costas
Mantenha o peito ligeiramente para dentro o que o capacita a afundar ou submergir a respiração no Tan Tien (baixo ventre). Não deixe o peito para fora (protuberante) pois isto vai fazer com que a respiração torne-se difícil e de alguma forma o topo vai ficar pesado. Uma grande força pode surgir desde a espinha apenas quando você mantém a energia vital no baixo ventre.
3. Relaxar a cintura
No corpo humano, a cintura é a parte dominante. Quando relaxamos a cintura, os dois pés terão força o suficiente para formar uma base sólida. Todos os movimentos dependem da ação da cintura como se diz nos clássicos: “A força vital vem desde a cintura”. Os movimentos desajeitados no Tai Chi Chuan surgem de ações erradas da cintura.
4. Discernir cheio e vazio
É de importância primeira no Tai Chi Chuan distinguirmos entre “Xu” vazio e “Shi” cheio. Se mudamos o peso do corpo para a perna direita então a perna direita vai esta plantada solidamente no solo e a perna esquerda vai estar na forma vazia. Quando o peso está na perna esquerda, então a perna esquerda estará solidamente plantada no solo e a perna direita vai estar na forma vazia. Apenas desta forma poderemos girar e mover o corpo sem esforço e corretamente., de outra forma seremos lentos demais e desajeitados nos movimentos sem sermos capazes de permanecer estáveis e firmes em nossos pés.
5. Afundar os ombros e cotovelos
Devemos manter os ombros na posição natural e relaxados. Se elevamos os ombros, o chi vai subir com eles e todo o corpo vai ficar sem força. Devemos também manter os cotovelos para baixo senão não seremos capazes de manter os ombros relaxados e mover nosso corpo de forma suave.
6. Usar a mente e não a força
Entre as pessoas que praticam Tai Chi Chuan é bastante comum ouvir o comentário: “É questão de usar inteiramente a mente, não a força”. Na prática do Tai Chi Chuan, todo o corpo está relaxado e não há idéia de força bruta ou endurecida nas veias ou juntas por trás dos movimentos do corpo. As pessoas podem perguntar: - Como é possível se aumentar a potência ou a resistência sem exercer força? De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa no corpo humano existe um sistema de canais, os meridianos que ligam as vísceras com as diferentes partes do corpo, fazendo do corpo humano um todo integrado. Se o meridiano não estiver bloqueado, a energia vital vai circular no corpo inteiro. Mas se o meridiano for preenchido com força bruta, a energia vital não será capaz de circular e consequentemente o corpo não vai se mover facilmente ou suavemente. Deve-se assim usar a mente ao invés da força bruta, pois assim a energia vital irá seguir a consciência e circular por todo o corpo. Através da prática persistente seremos capazes de cultivar e desenvolver uma força interna genuína. Isto é o que os expertos em Tai Chi Chuan chamam de: “Flexível na aparência, mas poderoso na essência”. Um mestre de Tai Chi Chuan tem braços que são tão fortes como varas de aço recobertas de algodão, com imenso poder oculto. Os boxeadores da “escolas externas” ( um ramo de wushu que enfatiza o ataque, opostamente as “escolas internas” que enfatizam a defesa), parecem poderosos quando exercem força, mas quando param de exercer força, o poder já não existe mais. Assim sendo uma força meramente superficial.
7. Coordenar o Superior e o Inferior
De acordo com a teoria do Tai Chi Chuan a raiz está nos pés, a força é emitida através das pernas, controlada pela cintura e expressa pelos dedos; os pés, pernas e a cintura formam um todo harmonioso. Quando as mãos e a cintura e as pernas se movem, os olhos devem seguir o seu movimento. Isto pode acontecer quando houver coordenação entre a parte superior e inferior. Se alguma parte para de mover-se, então os movimentos serão desconectados e cairão em desordem.
8. Harmonia entre o Interno e o Externo
Praticando Tai Chi Chuan o foco está na mente e na consciência. Daí o dito: “a mente é o comandante e o corpo seu subserviente”. Com a tranqüilidade da mente, os movimentos serão suaves e graciosos. Com relação à “forma” há apenas o “Xu” (vazio), shi (sólido), kai (aberto) e he (fechado). Kai (aberto) não significa apenas abrir os quatro membros, mas a mente também; e he (fechado) significa fechar a mente junto com os quatro membros. A perfeição é atingida quando se unifica os dois e se harmoniza o interno e o externo num todo completo.
9. Importância da Continuidade
No caso das escolas externas (que enfatizam o ataque) a força que se exerce é rígida e os movimentos não são contínuos, mas acontecem paradas de movimentos que permitem que o oponente possa tirar vantagem. No Tai Chi Chuan se focaliza a atenção na mente e não na força e os movimentos de início ao final são contínuos e num círculo infinito, assim “como um rio que flui sem fim” ou “como tirar cera do casulo.”
10. Tranqüilidade no Movimento
No caso das “Escolas Externas” de boxe, a ênfase é colocada em saltar, dar pancadas, socar e exercer força, e assim freqüentemente o praticante fica ofegante após a prática. No Tai Chi Chuan o movimento é combinado com a tranqüilidade e enquanto se executa os movimentos, se mantém a tranqüilidade da mente. Na prática da “forma”, quanto mais lento o movimento, melhores resultados são conseguidos. Isto acontece porque quando os movimentos são lentos, pode-se respirar profundamente e submergir a respiração no Tan Tien. Isto produz um efeito suavizante no corpo e na mente. Aprendizes de Tai Chi Chuan irão conseguir uma melhor compreensão de tudo isto, através de estudo cuidadoso e prática persistente.

O Mosteiro Shaolin e suas Influências

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Fonte: SinoBrasileira
Erguido em 495 d.c. no meio de uma floresta no sopé da montanha Song, o mosteiro de Shao Lin está geograficamente localizado entre as cidades de Zhengzhou e Luoyang (antiga capital do Império Chinês até o século 10), na província de Henan.
A mando do Emperador Xiao Wen (reinado de 471 a 500 d.c.) da dinastia Wei, forte patrocinador do budismo na China, o mosteiro de Shao Lin fora construído para se tornar o maior centro de estudo, tradução e difusão do Budismo da época, e o primeiro abade do mosteiro foi o monge indiano Bahdra (Batuo).
Em 525 d.c. o monge Damo (Bodhidharma) chegou até o mosteiro e lá ficou por vários anos. Muitos afirmam que Damo foi o responsável pela criação e desenvolvimento das artes marciais dentro do mosteiro de Shao Lin, mas infelizmente não existe nenhuma evidência concreta até mesmo que Damo tenha existido.
Damo foi o vigésimo oitavo patriarca do budismo Mahayana e trouxe para o mosteiro os seus ensinamento, mais tarde tornando-se o primeiro patriarca do budismo Chan (Zen). Junto com os seus ensinamentos Damo deixou alguns exercícios para melhorar a saúde dos monges, como o Yi Jin Jing (Tratado da Renovação dos Tecidos e Tendões) e o Xi Sui Jing (Tratado da Medula).
Então quem seria o responsável pela criação ou desenvolvimento das artes marciais de Shao Lin ? Sabemos que muitos militares e nobres perseguidos refugiavam-se em locais distantes, e o mosteiro de Shao Lin foi um deles. Com as constantes visitas de estrangeiros, sejam foragidos, convidados e alguns até mesmo em busca da iluminação oferecida pelo budismo, os monges de Shao Lin puderam aprender, estudar, compilar e aprimorar quaisquer estilos de arte marcial com que tivessem contato. A partir deste momento começou a ser formada a arte marcial do mosteiro de Shao Lin.
Dividido em salas, ou câmaras, os estilos não eram ensinados a todos os monges, mas sim a pequenos grupos e para cada sala havia um monge responsável. O mosteiro de Shao Lin contou com 18 salas principais, e cada uma com um estilo distinto. Uma destas salas era reservada ao estilo "As dez rotinas de Shaolin", a base do Shaolin Norte.
O ensino das artes marciais de Shao Lin era reservado única e exclusivamente para os monges, mas em 1650 os monges resolveram aceitar discípulos-leigos só para o aprendizado marcial, porque o mosteiro havia sofrido já havia sofrido um ataque, colocando em risco os monges e suas técnicas marciais.
Destruído quase que totalmente em 1736 e em um novo ataque em 1928 onde restaram duas edificações e parte do cemitério, o mosteiro de Shao Lin foi mais uma vítima da sua participação em guerras internas da China, deixando apenas um punhado de monges sobreviventes. Alguns dos estilos que foram ensinados para leigos ou levados para fora de Shaolin por monges fugidos existem até hoje.
Houveram outros mosteiros que estiveram relacionados de alguma forma com as artes marciais, mas a despeito do que muitos afirmam, o mosteiro de Shao Lin nunca possuiu filiais ou relações diretas com outros mosteiros, mesmo com o de Fujian.



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Mais um Pouco de Wushu

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Wushu - a Arte Marcial Chinesa, ao longo de muitos anos desde do seu surgimento, foi agregado eternamente à sociedade chinesa. O Wushu surgiu do trabalho e do experimento da sociedade chinesa, que durante seu longo período de evolução reuniu os melhores conhecimentos e tradições da cultura tradicional, dando ao Wushu as características próprias de seu povo e tornando-se assim um esporte oficial do país.
A Palavra "Wushu"- Arte Marcial, teve seu primeiro registro na Dinastia Liang do Sul (d.C.501-d.C.519) com XiaoTong, o primeiro filho do Imperador LiangWu, que escreveu uma coletânea de poesias onde a palavra "Wushu" foi vista pela primeira vez na frase "Parar de Lutar (Wushu) e Propagar a Literatura"; mais tarde esta palavra foi adaptada para interpretar exercícios que fortalecem o físico. O termo Wushu somente tornou-se comum nos textos chineses a partir da Dinastia Qing (d.C1644-d.C.1892). Em 1926 foi oficializado pelo governo o termo "Wushu Chinês". Como na época houve constantes invasões estrangeiras no país, também foi denominado como "Kuoshu", a Arte Nacional, devido ao patriotismo do povo. Hoje em dia, a palavra "Kuoshu" ainda é utilizada em Taiwan e pelos chineses residentes no exterior. Em 1949, na proclamação da República Popular da China, o Wushu foi oficializado como esporte nacional.
O termo "Wushu" pode ser explicado literalmente : "Wu" é formado por símbolos "parar" e "foice", cuja significa é usar a sua força para bloquear a força de seu oponente, essa explicação também foi deduzida através da filosofia. "Shu", significa a forma, técnica, caminho, um meio de chegar nos seus objetivos.
Com isso, podemos dizer que a significado da palavra "Wushu" é a técnica de se defender utilizando ou não armas.
Apesar da filosofia, da Medicina e da Cultura da China contribu¨ªram muito para a evolução do Wushu, sua raiz sempre será composta de técnicas de ataques e defesas. Então podemos afirmar que o Wushu é uma forma de Combate Tradicional Chinês.
Defender-se do inimigo foi, naturalmente, um ato comum em qualquer povo, ou etnia desde a antiguidade. Por isso, a origem das formas de combate não pode ser atribuída a ninguém em particular.
Podemos dizer que a princípio as técnicas de combate e as condições eram semelhantes em todos os povos, mas com tempo e a evolução cultural e dos costumes se formaram diferentes tipos de formas de combate. Ao longo dos anos, o povo chinês desenvolveu diversas formas de combate baseadas em sua cultura milenar , criatividade e sacrifício, que foram determinantes para a formação do Wushu que conhecemos hoje.
E segundo lugar, o Wushu é um esporte nacional.
Wushu possui seu lado esportivo, apresar de seu desenvolvimento atribuído aos combates nas guerras. Com fim das armas brancas e o aparecimento das armas de fogo, o lado esportivo, do entretenimento e da competição do Wushu tiveram uma importância maior.O Wushu como uma modalidade esportiva, é dividido em TaoLu (seqüências) e SanDa (combate).
TaoLu, é uma execução de movimentos de ataque e defesa em seqüências, com grande beleza e coreografia. Durante apresentação, também observamos itens como resist¨ºncia física, flexibilidade e a originalidade do atleta. O combate é uma disputa de técnicas entre duas pessoas, onde o reflexo, raciocínio, agilidade e o autocontrole do atleta são itens importantes.
E em terceiro lugar, o Wushu é uma Cultura Antiga Chinesa.
Se identificarmos o Wushu somente como uma modalidade esportiva, uma habilidade específica, não podemos abranger e compreender toda a sua essência; Todo esporte tem uma cultura que o suporta, mas nenhum deles é tão ligado a Cultura quando o Wushu Chinês, assim como nenhuma outra modalidade conseguiria suportar toda essa carga cultural e absorvé-la tão bem como ele. Na verdade, ao longo da História, o Wushu sempre viveu e cresceu num ambiente de cultura tradicional. A filosofia tradicional que o Wushu absorveu o mantém sempre em uma base inabalável.
Definimos o termo Dao (caminho) como o nível máximo de alcance dos seres humanos, da natureza e da sociedade em uma grande combinação perfeita e única, formando uma visão de homem e deus em um, e ambos definem um sentido metafísico do Wushu para compreender a teoria da vida.
O Shan (bem) como um dos objetivos dentro da cultura tradicional, utiliza o Wu De (ética marcial) como meio. No modelo tradicional desta teoria, com objetivo de atingir o bem (Shan), diz que para exercer o Wu (Marcial) tem que ter o De(ética), quando temos como o objetivo de atingir o bem comum. Isso é a base essencial e imutável do Wushu. Além disso, o Militarismo, a sociedade, a estética, a medicina, entre outras ciências também tiveram papel essencial na formação do Wushu, que se distingue como um ramo específica da arte e cultura oriental.
Devido a sua base na cultura da China antiga, o Wushu pode ser classificado também como uma herança cultural chinesa.
O Wushu tem um forte idealismo de cuidar primeiro das preocupações do mundo para depois repartir as alegrias com todos. A pátria e o povo são a causa primeira de tudo. A ética e o comportamento que um homem deve ter: primeiramente a fidelidade, o respeito aos mais velhos, regras de etiqueta (ex. agradecimentos ou comprimentos), os deveres como cidadão e companheirismo (ex. o papel que a mulher deve manter, não Ter um comportamento promíscuo,...), refletindo a compaixão com os semelhantes e um caráter supremo. Isso também inclui atos de redenção onde não são medidas as conrotinas quando se ajudam o próximo e a pátria.

IDIOMA CHINÊS

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A língua chinesa (汉语/漢語, Pinyin: Hànyǔ, 华语/華語, Huáyǔ ou 中文, Zhōngwén) é um idioma (ou família de línguas) que pertence ao ramo sino-tibetano. Aproximadamente a quinta parte dos habitantes da Terra fala alguma forma de chinês como língua materna, tornando a língua chinesa a mais falada no planeta, embora não seja a mais difundida.É uma língua tonal, isolante e, basicamente, monossilábica, tendendo ao monossilabismo principalmente na variante escrita, enquanto as variantes faladas (notadamente o Mandarim) costumam fazer amplo uso de palavras compostas, havendo muitas palavras com duas ou mais sílabas. As raízes lexicais, entretanto, são todas monossilábicas.
Escrita
A língua chinesa, em todas suas variantes, é escrita com logogramas. Com a complexidade e variedade de objetos a serem nomeados, muitos acabam sendo designados por mais de um logograma, de modo que os caracteres postos um ao lado do outro geram um novo significado. Os chineses usam este sistema com espírito e criatividade, como por exemplo representando o conceito de " inquietude" ou "inquieto" colocando juntos os ideogramas "cavalo" e "pulga".A transliteração dos caracteres chineses para as línguas que usam o alfabeto latino pode ser feita pelo sistema Wade-Giles, criado por dois missionários estadunidenses. Após a Revolução Cultural em 1949, uma comissão de filólogos criou um novo sistema conhecido como Pinyin. Como um exemplo, no sistema Wade-Giles escreve-se Mao Tsé Tung, enquanto que em Pinyin grafa-se Mao Zedong. Para indicar os tons podem-se utilizar acentos sobre as vogais, ou ainda números ao final de cada sílaba.
Dialetos
A língua chinesa apresenta grande variedade de dialetos, sendo tamanha a diferença entre eles a ponto de muitos serem incompreensíveis entre si. O idioma mantém a unidade por causa da origem genética comum, e pelo fato de a escrita ser comum a todos eles, transcrevendo idéias (ou melhor, palavras), e não sons. Os principais dialetos do chinês são o mandarim, considerado oficial, e falado na região de Beijing; o cantonês, falado em Hong Kong e na região de Xangai; o taiwanês, falado em Taiwan; o sichuanês, falado no centro da China (região de Sichuan e Chongqing; e o hakka, falado na porção mais ocidental da China, próxima à fronteira com o Afeganistão.
Gramática
O idioma chinês é um idioma basicamente monossilábico: cada raiz é formada de apenas uma sílaba. As palavras, que podem ser formadas por uma, duas ou mais raízes, sendo, portando, mono-, di-, trissilábicas etc., não são flexionadas; as definições de singular, plural, superlativo, posse etc. são definidas, quando o são, por vários meios (partículas, advérbios, construções sintáticas especiais etc.). Não existe flexão de gênero, número, caso, tempo etc. Também não existem artigos.
Sistema de escrita
A escrita chinesa é caracterizada pela ausência de um alfabeto. No idioma chinês, os grafemas (símbolos ou ideogramas) não transcrevem fonemas, mas significados, e cada grafema pode ser pronunciado de uma forma completamente diferente de acordo com o dialeto. Cada grafema isolado é lido como uma sílaba diferente e, para formá-los, muitas vezes se utilizam elementos diferentes. Por exemplo: para se representar a idéia de "brilho" (明), o grafema combina os das idéias "sol" (日) e "lua" (月). Para representar uma floresta, faz-se o desenho de duas árvores (林) e assim por diante. Quando a palavra tem duas sílabas, cada idéia que a compõe é representada num grafema diferente. Por exemplo, a palavra "computador" (電腦) é representada com as palavras "eletricidade" (電) e "cérebro" (腦).Existe também um sistema oficial de transcrição dos caracteres chineses para o alfabeto latino, chamado pinyin, mas a escrita tradicional ainda é predominante. Um outro sistema de transliteração é o Wade-Giles, amplamente usado na maior parte do século XX.
Estrutura fonológica
A estrutura fonológica chinesa, como das demais línguas sino-tibetanas, é caracterizada pela diferença na entonação de cada palavra. Assim, uma mesma sílaba pode ter significados completamente diversos, dependendo da entonação utilizada - conferindo certa musicalidade no discurso da fala. Devido a essa característica, não existe acento tônico. O número de tons possíveis varia de um dialeto para outro. No mandarim existem quatro tons e mais um quinto tom neutro. No hakka existem seis tons, no taiwanês, sete tons, e no cantonês, nove tons.

Online Chinese Tools

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Resolvi postar aqui o link de um site bastante interessante aos que gostam da cultura chinesa e em especial ao idioma:

http://www.mandarintools.com/

BUDISMO

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Nascentes da Espiritualidade Japonesa
por Paul Watt
Quando o Budismo entrou no Japão no século VI D.C., ela ja era uma religião mundialmente conhecida com uma história de mais de 1000 anos de idade. A forma de Budismo que predominou no Japão desde o início é conhecida como Mahayana, o Budismo do Grande Veículo, a qual trouxe consigo uma vasta biblioteca religiosa, uma doutrina bem elaborada, um clero bem organizado e uma estonteante tradição de arquitetura e arte sacra, ou seja, tudo o que faltava no Xintoísmo no século VI. Embora sua visão sobre o mundo e sobre a humanidade tenha sido sempre diferente da xintoísta, é importante entender que é possível encontrar tanto diferenças como similaridades das tradições nativas nos ensinamentos do Budismo Mahayana. Por um lado, por exemplo, o Budismo enxergava o mundo como uma etapa de transição ou uma fonte de sofrimento para aqueles que permaneciam ligados a ele, ou seja, uma visão muito contrastante com a "aceitação do mundo" adotada pelo Xintoísmo. Por outro lado, existia um grande otimismo no Budismo Mahayana que se aproximava bem do Xintoísmo, um otimismo sobre a natureza humana, onde acreditava-se que todos os seres humanos tinham o potencial the absorvar a sabedoria que traz o fim do sofrimento e um grande otimismo sobre o mundo em si, uma vez que os ensinamentos dizem que quando os humanos desapegam das coisas da Terra, o mundo passará a ter um novo e positivo significado.
Não é de se surpreender que a princípio os japoneses foram incapazes de gostar do Budismo do jeito que ele era. Eles viam o Buddha simplesmente como um outro kami e foram atraídos para esta religião pela beleza de sua arte e a esperança de benefícios concretos como riqueza e longevidade que, ao nível popular, eram prometidos pelo Budismo sem nenhum desdém. Porém, no século VII, os indivíduos capazes de compreender as mensagens começaram a emergir. Normalmente, nós podemos entender o desenvolvimento subseqüente do Budismo no Japão como o resultado de constante interatividade entre a religião estrangeira e a tradição religiosa local. O Budismo procurou conscientemente desenvolver uma conexão positiva com o Xintoísmo. E isto foi eventualmente conquistado través da identificação dos kami xintoístas como manifestações de diversos Budas e bodhistattvas que cresceram dentro do Budismo Mahayana. Através deste conceito, os budistas foram capazes de introduzir muitas de suas próprias idéias ao Xintoísmo e, por fim, argumanta-se que o Xintoísmo e o Budismo são versões complementares de uma mesma verdade fundamental, visão esta que ganhou uma vasta aceitação no Japão.
O efeito da tradição religiosa nativa no Budismo foi trazer à tona os aspectos que mais se ajustavam ao gosto dos japoneses. Isso pode ser ilustrado por breves referências às três seitas budistas que representam exclusivamente od desenvolvimentos japoneses: Seita Shingon de Kukai (774-835), Seita Terra da Verdadeira Pureza de Shinran (1173-1262) e a seita fundada por Nichiren (1222-1282) conhecida por seu próprio nome. Todas estas seitas estão vivas até hoje. A Seita Shingon está situada na corrente principal do Budismo, em termos de doutrina - enfatizando a transitoriedade da natureza da existência e chamndo seus seguidores a transcenderem o mundo comum do sofrimento - e na ampla linha de suas práticas, as quais enfatizam a importância da conduta ética, meditação e estudo. No entanto, o Budismo de Shingon defende um tipo diferente de meditação. Uma meditação mais complexa que a tradicional que envolve o uso de alguns gestos manuais simbólicos e discursos chamados de mudras e mantras, assim como uma forma de arte budista connhecida como A Mandala. A Mandala representa o universo como ele é visto pelos iluminados e serve como objeto de meditação. A pura complexidade da meditação de Shingon somada com a rica simbologia e a beleza da Mandala, proporciona a esta seita um ar de mistério que tem se provado bastante atraente a milhões de japoneses desde a era de Kukai até os dias de hoje.
Na Seita Terra da Verdadeira Pureza, encontramos um tipo bem diferente de Budismo, o qual defente a salvação pela fé ao invés da obtenção da iluminação através da prática da moralidade e da meditação. Baseada na crença de que conforme o passar do tempo os seres humanos encontram uma crescente dificuldade de seguir o exemplo do histórico Buda - idéia esta remanecente desde a época da Índia - é ensinado que na presente era a salvação pode ser adquirida apenas através da confiança na graça salvadora do celestial Buda Amida, que reside em uma terra pura no Ocidente. Esta crença tem sido abraçada por outros budistas não só no Japão, mas também na China e Índia; mas Shinran foi a primeira seita na história do Budismo a descrever a conclusão radical a caeitação de tudo deve levar ao abandonamento completo da disciplina monastérica. Conseqüentemente, desde a época da Shinran, tem sido comum aos sacerdotes da Seita da Terra da Verdadeira Pureza viverem e se casarem como pessoas leigas e as seitas têm sido um dos maiores desenvolvimentos no Japão.
Finalmente, observamos na Seita Nichiren uma certa superficialidade no Budismo através de uma maneira dramática, onde o forte senso de nacionalismo tem sido frequentemente relacionado ao sentimento religioso no Japão. Nichiren foi uma reformista fervorosa que focava muito a si própria e ao Japão como centro de um movimento mundial para reviver o que eles consideravam o verdadeiro Budismo.
Estas figuras e seitas não refletem, é claro, todas as muitas formas nas quais o Budismo foi transformado no Japão. Ao contrário, podemos extraír pequenas amostras das características mais visíveis do Budismo Japonês. Em Shingon, observamos uma forte atração aos elemsntos místicos e misteriosos, assim como formas estéticas de aprecisação e expressão. Na Seita da Terra da Verdadeira Pureza, vemos uma certa preferência por um tipo de Budismo que pode ser seguido dentro do contexto da vida cotidiana e na Seita Nichiren, detectamos uma consciência de identidade nacional sempre presente. Dada a ênfase do Xintoísmo nos rituais e figuras estáticas dos santuários, sua orientação sobre este mundo, e sua íntima conexão aos mitos das origens japonesas e a linha imperial, não é difícil de dicernir a influência da religião nativa e o cunho dessas mudanças.

XINTOÍSMO

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Nascentes da Espiritualidade Japonesa
por Paul Watt

Fonte: http://www.aikikai.org.br/art_xint_budismo.html


O Xintoísmo é a religião mais antiga do Japão, sua origem é obscura e datada de, pelo menos, metade do primeiro milênio antes de Cristo. Até aproximadamente o século VI D.C., período este em que os japoneses tiveram uma influência mais rápida da civilização continental, existia uma grande mistura de devoções à natureza, incluíndo cultos de fertilidade, técnicas de divindade, devoção a heróis e o Xamanismo. Ao contrário do Budismo, Cristianismo ou Islamismo, o Xintoísmo não teve fundadores e não desenvolveu escrituras sacradas, filosofias religiosas explícitas ou um código moral específico. Na verdade, os antigos japoneses encaravam a religião com tanta naturalidade que não tinham sequer um termo para defini-la. A palavra Xinto ou "O caminho do kami (deuses ou espíritos)", veio a ser usada apenas após o século VI, quando os japoneses procuraram distiguir sua própria tradição das religiões estrangeiras que foram encontrando pela frente, como o Budismo e o Confucionismo. Assim, em sua origem, o Xintoísmo era a religião das pessoas ainda não contaminadas pelo ocidente e que, acima de tudo, eram sensíveis às forças espirituais espalhadas pela natureza em que viviam. Como mostra uma crônica antiga: no mundo destas pessoas, inúmeros espíritos brilhavam como vagalumes e todas as árvores e arbustos eram capazes de falar.

Extraordinariamente, nem a caracterísitica relativamente primitiva e original nem a introdução de religiões mais sofisticadas como o Budismo e Confucionismo fizeram com que o Xintoísmo tivesse menos importância. Em parte, sua existência duradoura pode ser explicada, apontando algumas mudanças que ocorreram após o século XI, as quais o transformaram gradualmente em uma religião de santuários, grandes e pequenos, com festivais e rituais praticados por uma distinta classe sacerdocial. No entanto, estas mudanças tiveram pouca influência nos valores e atitudes básicos do Xintoísmo. O que foi realmente crucial para sua sobrevivência foram as profundas raízes no dia-adia da vida do povo japonês e tambem sua forte e conservadora relação com a cultura japonesa.

A visão do mundo para o Xintoísta é fundamentalmente brilhante e otimista, e assim, nada mais apropriado que ter como sua principal divindade, uma deusa do sol. Uma vez que eram conhecidos os aspectos mais negativos da existência humana, a razão de ser de um xintoísta é a celebração e o enriquecimento da vida.

É possível aprender muito sobre a visão xintoísta do mundo através da mitologia japonesa. Dois trabalhos datados do século VIII, o Kojiki (Registro de Assuntos Antigos) e o Nihon shoki (Crônicas do Japão), contam a história da criação das ilhas japonesas por um casal divino, Izanagi e sua companheira Izanami. Eles contam também o nascimento de diversos deuses e deusas, como a Deusa do Sol, Amaterasu, chefe de todos os deuses, bem como sua linha de descendentes que governavam as ilhas. Dois aspectos da mitologia são particularmente relevantes. O primeiro é sua orientação para os diversos mundos, os quais são mencionados na mitologia, como por exemplo a Grande Planície do Céu, ou a Terra Escura, uma terra impura dos mortos. No entanto, recebemos apenas explicações superficiais sobre eles. Abençoados com um clima ameno, mares férteis e paisagens impressionantes com montanhas, os japoneses antigos parecem ter sentido uma pequena compulsão por olhar além da presente existência.

O segundo aspecto importante da mitologia é a forte relação entre os deuses, o mundo que eles criaram e os seres humanos. As tensões entre o Criador e suas criaturas, e entre o humano e o terreno, presentes nas religiões ocidentais, são visivelmente inexistentes. Na visão xintoísta, o estado natural do cosmos é uma harmonia na qual os elementos divinos, naturais e humanos estão intimamente relacionados. Além disso, a naturaza humana é vista como inerentemente boa e o mal é visto como resultado do contato dos indivíduos com forças ou agentes externos que poluem nossa natureza pura e faz com que hajamos de forma contrária a esta harmonia primordial.

As divindades do Xintoísmo são chamadas de kami. O termo é freqüentemente traduzido como "deus" ou "deuses", mas representa um conceito de divindade bastante diferente daquele apresentado pelas reiligiões ocidentais. Particularmente, as divindades xintoístas não possuem características de absoluta transcendência e onipotência comunmente associadas com o conceito de Deus no Ocidente. O kami, de uma forma mais abrangente, é visto como algo que seja extraordinário e que inspire admiração ou reverência. Conseqüentemente, existe uma grande variedade de kami no Xintoísmo: existem os kami relacionados a objetos e criaturas da natureza, tais como o espírito das montanhas, dos mares, dos rios, das rochas, das árvores, dos animais e assim por diante; existem kami guardiões de locais e clãs em particular; exitem também seres humanos excepcionais que são considerados kami, incluindo a longa linhagem de imperadores japoneses, exceto o último. Finalmente, o abstrato, forças criativas são reconhecidas como kami. Espíritos do mal também são conhecidos no Xintoísmo, mas apenas alguns são considerados irrecuperáveis. Enquanto um deus pode chamar atenção primeiramente para sua presença através de uma amostra de comportamento atormentado ou até mesmo destrutivo, geralmente falando, o kami é benigno. Seu papel é de sustentar e proteger.

A devoção no Xintoísmo é utilizada para expressar gratidão aos deuses e para assegurar a continuidade da graça. A devoção pode tomar a forma de um dos grandes festivais que ocorrem em dias determinados durante o ano, no sentido de celebrar a plantação da primavera, a colheita do outono e outras ocasiões especiais na história de um santuário. No entanto, estes festivais podem ser praticados em casa, de forma particular e bem mais discreta, ou no santuário do bairro. Embora um festival pode durar vários dias, diferentes contrastes de comportamento dos praticantes, onde uns são mais solenes outros mais fervorosos ou até mesmo barulhentos, os rituais podem durar apenas alguns instantes para serem completados. Mesmo observando estes contrastes, todos os tipos de devoção no Xintoísmo possuem em comum três elementos essenciais. Todos começam com o importante ato de purificação, o qual é comum a utilização de água. Em todos existem também o ato de oferendas aos kami, através de dinheiro ou comida. E, finalmente, em todos é feita uma prece ou um pedido. Podemos notar que a devoção no Xintoísmo é geralmente praticada em um santuário. Estas estruturas, as quais são feitas de elementos naturais e localizadas em pontos escolhidos por seus ábades para a localização do kami ao invés de construirem um local fechado para o abrigo dos fiéis (como uma igreja, por exemplo).

Levando-se em conta que o Xintoísmo não possui escrituras, dogmas e credos, a devoção sempre foi o ponto central desta religião. Ao invés de sermões ou estudos, tem sido através de seus festivais e rituais, assim como a característica física do próprio santuário, que o Xintoísmo vem transmitindo suas características e valores característicos. O valor de maior destaque entre todos está o senso de gratidão e respeito pela vida, uma profunda apreciação da beleza e da força da natureza, um amor à pureza e, por consegüinte, a limpeza e a preferência pela falta de adornos e simplicidade na área estética.

O TERMO CORRETO PARA AS ARTES MARCIAIS CHINESAS

Category: , , By Matheus Andrade
(Kungfu / Gongfu / Wushu / Kuosho / Guoshu)

Fonte: http://www.kungfu-wushu.com.br/termocorreto.htm

“Kungfu”, corretamente grafado (em Pinyin1) Gong fu4, é um termo genérico amplamente utilizado, especialmente no ocidente, para se referir aos vários estilos de arte marcial chinesa.
A essência da arte marcial chinesa é o desenvolvimento de técnica e caráter através de muitos anos de devotado esforço. De fato, Gongfu literalmente significa tempo; habilidade, talento; trabalho, esforço. O termo Gongfu é composto de duas palavras: Gong2 que significa conquista, mérito, trabalho, técnica; e Fu3 que significa homem adulto. A combinação das duas palavras refere-se ao desenvolvimento das habilidades de uma pessoa através da dedicação de tempo e esforço, porém os ocidentais erroneamente pensam que o termo Gongfu significa, como tal, algum tipo de sistema de luta. Na verdade qualquer pessoa que procure desenvolver uma técnica, talento ou pratica que exija paciência, perseverança, dedicação e tempo para que se atinja certo grau de habilidade e dita ter Gongfu. Desta forma um pianista, um artista, um médico, ou qualquer outra pessoa, que constantemente pratica seu labor, e assim atinge um alto grau de competência no que faz, é dito ter Gongfu. Assim vemos que Gongfu é um atributo pessoal, como integridade e sabedoria. Você poderia dizer que certa pessoa “tem” Gongfu, ao invés de dizer que dizer que a pessoa “sabe” ou “faz” Gongfu.
De todas as artes marciais da Ásia o Gongfu é a que coloca a maior ênfase na mente sobre os músculos, é uma verdadeira filosofia de vida, e chegou a ser chamada de “Box Filosófico” pelos primeiros ingleses que tiveram contado com a arte marcial chinesa.
O termo “Kungfu” ficou relacionado aos diversos estilos da arte marcial chinesa devido aos filmes de “Hong Kong” e principalmente devido a famosa série televisiva “Kung-Fu” do início dos anos 70, que contava a história de um jovem e dedicado monge Shaolin, no velho oeste americano, e de seu esforço e dedicação na busca de seu desenvolvimento pessoal.
Muito embora o termo Gongfu tenha se popularizado no ocidente como meio de se referir à arte marcial chinesa, a palavra chinesa adequada para se referir aos diversos estilos de arte marcial é Wushu5, que significa literalmente: arte marcial. Outra palavra chinesa também utilizada para se referir as artes marciais é “Kuoshu”, corretamente grafado (em Pinyin1) Guoshu, que significa arte nacional8, termo este que deixou de ser utilizado na China por volta do final da década de 20 por razões puramente políticas. Contudo, embora no ocidente, especificamente durante a década de 90, tenha existido uma tendência equivocada de utilizar-se a palavra Wushu para se referir as técnicas modernas de competição, e “Kuoshu” para se referir a técnicas tradicionais, na verdade ambos são termos equivalentes para se referir a arte marcial chinesa, desta forma temos tanto Wushu tradicional como Guoshu Contemporâneo e vice-versa.
O termo Wushu é composto de um par interessante de caracteres: Wu6 é o mesmo que Bu em japonês (ex.: Budo e Bushido). Wu literalmente significa “militar, marcial”, contudo um olhar mais cuidadoso mostra um significado mais profundo. Dividindo se o ideograma Wu em duas partes, ternos a metade da esquerda que significa “parar”, enquanto que a parte da direita uma figura de uma lança ou qualquer outra arma. Quando as duas partes são colocadas juntas, o significado secundário é de se por um fim a violência, em outras palavras, as artes marciais são um meio de se ganhar paz. Shu7 representa a idéia de “arte” ou “método”, então os dois caracteres podem ser utilizados para dizer “Arte Marcial” ou, em uma análise mais filosófica, “Método de parar a violência”.
É importante que se observe que o I.O.C. (C.O.I. - Comitê Olímpico Internacional) reconheceu a arte marcial chinesa utilizando-se do termo Wushu. No ocidente a grande maioria das entidades de divulgam a prática da arte marcial chinesa continuam a utilizar-se do termo “Kungfu”, por ser mais conhecido pela população, mas também já se utilizando o termo Wushu, como meio de popularizar o uso do termo mais adequado, por isso comumente nos deparamos com a combinação dos dois termos: Kungfu-Wushu.


Notas:
1. Pinyin é o sistema oficial de romanização, por fonética silabática, para a língua chinesa na República Popular da China. O Pinyin é reconhecido pela UNESCO (órgão da O.N.U.) como sistema oficial de romanização da língua chinesa, e o Brasil como signatário da O.N.U. deve observar o mesmo sistema.
Obs: em Pinyin palavras compostas são escritas sem utilizar hífen (-).
2. Gong de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: fazer meritório; mérito; conquista; perícia (de dançarinos, ginastas, etc.)
3. Fu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: marido; homem.
4. Gongfu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: tempo; esforço; trabalho; perícia (de dançarinos, ginastas, etc.); art; prática.
5. Wushu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: artes marciais.
6. Wu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: militar; relacionado com artes marciais.
7. Shu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: arte; perícia; técinica; método; tática.
8. Guo de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: país; estado; nação.